OSCAR GONÇALVES  

Estamos perante um caso raríssimo, em concursos académicos de universidades portuguesas: o candidato apresenta um currículo científico incomparável na área científica em que é avaliado. Á maneira britânica poder-se-á dizer que ele é o primeiro entre pares.

Em Novembro de 1995, era eu o autor desta afirmação talvez inédita nas universidades portuguesas, na medida em que o avaliador reconhece que ele e todos os outros avaliadores são inferiores ao avaliado, considerado como primo inter pares.

O evento onde foi proferida era dos mais formais: provas de agregação na Universidade do Minho. O avaliado e candidato ao grau de professor agregado que já ultrapassara os avaliadores só podia ser um.

De facto, é facilmente demonstrável que o Professor Óscar Gonçalves possui o currículo científico de Psicologia mais impressionante deste país. Tal como é reconhecido cá dentro e lá fora. A sua obra científica é consideravelmente original, evolutiva e criadora.

 

 

 

 

 

O reconhecimento desta superioridade foi pois fácil, porque o currículo do O.G. provava já nessa altura que ele tinha sido o primeiro psicólogo residente em Portugal a ser convidado para leccionar numa universidade norte-americana, e o único psicólogo português a ser conhecido pelos seus pares no estrangeiro, sobretudo nas zonas anglo-saxónicas, devido à sua obra escrita e às suas comunicações em eventos determinantes.

Os modelos (e.g., comportamentais, cognitivos, narrativos) que tem atravessado com curiosidade hermenêutica têm-no levado a uma produção considerável de artigos, livros e capítulos, modelares para propósitos de divulgação pedagógica ou de inovação reflexiva.

A sua mais recente incursão na bioquímica do cérebro leva-nos a todos nós seus admiradores a imaginá-lo em novas aventuras paradigmáticas na biologia do verbo. O Óscar Gonçalves vai continuar a surpreender-nos.

Luís Joyce-Moniz

Janeiro 2006